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Juíza suspende despejo de famílias na rodovia Transamazônica


Oficial de Justiça já havia fixado nova data para fazer a desocupação

A juíza Maria Aldecy, titular da 3ª Vara Cível de Marabá, suspendeu a liminar que autorizava o despejo de 30 famílias que moram na Folha 33, entre a rodovia Transamazônica e o rio Itacaiúnas. Na semana passada, um oficial de Justiça esteve na área, acompanhado de policiais e maquinário para fazer o despejo das famílias. Frente à resistência dos moradores em sair da área o oficial fixou nova data para fazer o despejo. Alguns moradores já residem no local há mais de 20 anos, vivendo da produção de tijolos.

Acionados pelos moradores, advogados da Comissão Pastoral da Terra ingressaram no processo e alegaram a falsidade do título além de outros indícios de irregularidade no processo de aquisição do imóvel por parte do empresário Reinaldo Zucatelli. Os advogados alegaram que o imóvel que o empresário diz ser dono foi doado pelo município de Marabá à Sudam em 1973, por meio da Lei nº 96/73, para a implantação do bairro da Nova Marabá. Ao receber o imóvel, a autarquia se deparou com inúmeras pessoas que tinham recebido o direito de enfiteuse (permissão dada ao proprietário de passar os direitos de posse a um terceiro), sobre essa área. Visando então o controle total da área, o então Presidente da República, no ano de 1973, editou o Decreto nº 72.254, autorizando a desapropriação de todos os detentores dos títulos expedidos pela Prefeitura na área dos 1.621 hectares em questão.

Com efeito, os detentores de enfiteuse foram devidamente indenizados e, no mesmo ano, a Justiça Federal autorizou a Sudam a tomar posse da totalidade do imóvel. Com a desapropriação foram extintos todos os contratos de enfiteuse existente sobre a área. Outra situação alegada pela defesa das famílias é que no Título de Aforamento expedido em 1964 pelo município de Marabá a Ireno dos Santos Filho, a área do imóvel era é de apenas 979 m². "Estranhamente, quando efetuado o primeiro registro imobiliário sobre o imóvel, não foi mencionada a área total indicada no título. Entretanto, a área objeto da pretensão do empresário no processo é de exatos 67.071,01 m², ou seja, 68 vezes maior do que previsto no título originário", afirmou o advogado da CPT, José Batista Afonso.

Frente as alegações dos advogados da Comissão Pastoral da Terra, CPT, a juíza determinou a suspensão do processo e determinou que o empresário fosse notificado para responder aos indícios de ilegalidade suscitados.




Tentativa de fuga frustrada provoca rebelião em Cucurunã



Santarém - Agentes prisionais da Penitenciária de Cucurunã descobriram, na manhã desta terça-feira (11), um túnel de aproximadamente seis metros que ligava um dos pavilhões para fora da unidade prisional.

O túnel foi cavado por presos e seria usado por eles para uma fuga. Após serem descobertos, os presos iniciaram um motim, ateando fogo em colchões e tentando depredar o prédio da penitenciária. A situação foi controlada no final desta manhã pela Polícia Militar.

Trânsito e horário do comércio serão alterados no Centro

Trânsito e horário do comércio serão alterados no CentroSantarém - O trânsito no Centro comercial de Santarém e o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais daquela área serão alterados por conta das festas de fim de ano. De 20 a 22 de dezembro, o comércio vai funcionar de 8 horas às 20 horas. No domingo (23), o horário será de 10 horas às 17 horas. Na segunda (24), o funcionamento será de 8 horas às 21h30. Já no dia 31, o centro comercial será de 8 horas às 19h30. “Será montado o policiamento nesses dias especiais, estender até trinta minutos após o fechamento das lojas para dar maior segurança também na saída dos funcionários”, informou o presidente do Sindicato do Comércio Lojista (Sindilojas), César Ramalheiro.


Marituba - Irregularidades levam a afastamento de prefeito



Bertoldo Couto foi afastado. Foto: Divulgação.


A poucos dias do fim do mandato, o prefeito de Marituba, Bertoldo Couto (PPS), foi afastado do cargo pelo juiz da 1ª Vara do município Homero Lamarão Neto, que também determinou que a prefeitura municipal tem até o sábado, dia 15, para pagar os salários dos servidores públicos do município do mês de novembro.

Couto foi denunciado pelo Ministério Público em ação civil pública pelo atraso do pagamento dos salários e outras supostas irregularidades cometidas na atual administração, também denunciada por improbidade administrativa. Além disso, o juiz determinou que a prefeitura envie a lista dos servidores exonerados, transferidos ou removidos desde os três últimos meses antes da eleição municipal e deu ainda o prazo de cinco dias para que o relatório sobre o valor devido aos servidores municipais com salários em atraso.

O magistrado também decretou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do prefeito e determinou a comunicação à Receita Federal para que informe as declarações de imposto de renda de Bertoldo Couto nos últimos quatro anos e toda movimentação financeira realizada por ele durante o mandato municipal à frente da prefeitura de Marituba.

No dia 10 de novembro, prazo final para pagamento dos salários dos servidores de Marituba, grande parte dos funcionários saiu às ruas do município e se dirigiu à frente da sede da prefeitura em protesto contra o atraso dos salários. Além do pagamento do mês, os servidores ainda não receberam a parte do décimo terceiro e temem não conseguir receber até o final deste mês, quando encerra o mandato do Bertoldo Couto.

Além da quebra dos sigilos fiscal e bancário do prefeito, o MP requereu ao magistrado o bloqueio dos repasses das verbas dos fundos de educação e do ICMS. Porém, o juiz recebeu informações da própria prefeitura de que os repasses estão em dia e, desta forma, não viu necessidade de bloquear.

O DIÁRIO DO PARÁ tentou contato com o prefeito municipal, mas já à noite, através da assessoria de comunicação, recebeu apenas informação do vice-prefeito Raimundo Mendes, mais conhecido como Professor Poeta (PT), afirmando que o município ainda não foi notificado da decisão judicial.

(Diário do Pará)

Custos sociais de Belo Monte chegam a R$ 1 bilhão, diz estudo

Os custos sociais da construção da usina de Belo Monte, no Pará, são estimados em cerca de US$ 502,7 milhões, segundo estudo do professor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP), Wilson Cabral de Sousa Júnior, especialista em análise de impactos ambientais.

A cifra, que equivale a R$ 1 bilhão em valores atuais, é atribuída no estudo a fatores de degradação que vão ser causados pelas obras, como perda da qualidade da água, da atividade pesqueira tradicional e ornamental, prejuízos com turismo e o custo da emissão de CO2 e de metano na atmosfera.

A pesquisa foi publicada no relatório "O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade no Século 21: Oportunidades e Desafios", entregue no 6º Encontro do Fórum Amazônia Sustentável, que acontece em Belém (PA) até a próxima sexta-feira (7). O relatório havia sido divulgado inicialmente em novembro, e foi preparado por organizações como o WWF, a ONG International Rivers e o Instituto Socioambiental (ISA), além de pesquisadores de questões ambientais.

A previsão de custo social de Belo Monte, de R$ 1 bilhão, equivale ao gasto total do Ministério da Educação com assistência aos estudantes de universidades federais nos últimos cinco anos, segundo o site da pasta. Entre os fatores avaliados, o que mais pesa é o valor das emissões de carbono, afirmou o professor do ITA em entrevista ao G1. Ele classificou a estimativa como "conservadora", apesar de correta para a pesquisa.

Procurado pelo G1, o consórcio Norte Energia, responsável pela usina, disse desconhecer os parâmetros e métodos usados no estudo. Por isso, a empresa afirmou que não vai comentar seus resultados.

A Norte Energia ressaltou ainda que os investimentos para compensação dos impactos sociais, econômicos e ambientais estimados pela empresa para Belo Monte são da ordem de R$ 3,2 bilhões, incluindo "reforma e ampliação das redes de ensino e de saúde, geração de renda e emprego, regularização fundiária e relocação de famílias", entre outras ações.

A companhia disse ainda que todos os fatores mencionados pelo professor do ITA em seu levantamento foram considerados no dimensionamento dos impactos da usina.
Perspectiva divulgada pela Norte Energia de como ficará a Casa de Força principal da usina de Belo Monte (Foto: Divulgação/Norte Energia)

Subestimado
O cálculo de R$ 1 bilhão em custos ambientais está subestimado, aponta o pesquisador do ITA. “Ele está correto para as premissas da análise, porém o custo socioambiental pode ser muito maior a partir de valores que não calculamos", disse. Ele cita a perda de biodiversidade como um dos fatores que não foram incluídos na conta. Outras variáveis que não foram levadas em consideração são os valores da terra inundada e o deslocamento da população local.

Para Sousa Júnior, as medidas de compensação das obras “cobrem parcialmente” os danos que vão ser causados por Belo Monte, e não vão ser suficientes. “Há danos que podem ser irreversíveis, como a perda de habitats aquáticos”, disse.

Sem certezas
Para o diretor do Programa Amazônia da International Rivers, Brent Millikan, a construção de Belo Monte deve ter um custo social grande. "Tem uma série de impactos que essa população pode sofrer. Na realidade a gente não sabe, tem incertezas. Teve muitas dúvidas sobre esta questão na época que estava se discutindo a concessão ou não da licença prévia, ou seja, se o empreendimento tinha viabilidade ambiental ou não", afirma.

Millikan cita a população que está na região da Volta Grande do Rio Xingu, que podem “ficar numa situação muito ruim", na sua avaliação, com um provável desvio do curso do rio. "O rio vai ficar numa seca permanente, 80% do seu fluxo deve ser desviado", afirma.

Questionada, a Norte Energia nega que vá alterar o curso do Rio Xingu, e diz que a “empresa se comprometeu a garantir a vazão indicada nos estudos ambientais para cada período do ano”.

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